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A resistência indígena ao projeto colonial castelhano nas provincias do Guairá e do Itatim (1593-1632)
Autores: Sandra Nara da Silva Novais
ISBN: 978-65-87657-16-5
DOI: 10.51282/EDV0010
Ano: 2021
Resumo: No âmbito da Expansão Marítima e Comercial Européia, durante as primeiras décadas do século XVI, as descobertas geográficas, a conquista e a colonização ibérica, na América do Sul, ocorreram por meio de três movimentos concomitantes: a ocupação portuguesa do litoral atlântico, a submissão do mundo incaico/andino ao conquistar castelhano, Francisco Pizarro e a conquista da bacia Platina pela expedição comandada pelo espanhol, D. Pedro de Mendoza. Neste livro é analisado o projeto castelhano de colonização e as resistências indígenas a ele, no interior do continente sul-americano, da área banhada pelo alto curso do rio Paraguai, enfocando-se, sobretudo, a região centro-sul do Pantanal que, nessa época, integrando o extenso Paraguai Colonial, denominava-se Campos de Xerez. A motivação inicial desse processo foi a cobiça por metais preciosos, expressa historicamente pelo mito da Serra de Prata, materializado com a descoberta das extraordinárias jazidas minerais de Potosi, no oriente boliviano. No entanto, razões ditadas pela geopolítica colonial da coroa filipina para o interior da América do Sul, levaram as autoridades paraguaias/castelhanas a redirecionarem a expansão do povoamento colonial para o nordeste de Assunção. Assim, após uma permanência efêmera (1593-1600) no baixo curso do rio Ivinheima, os colonos assuncenhos do núcleo urbano de Santiago de Xerez reassentaram-se, até 1632, em algum ponto entre os rios Aquidauana e Miranda. O objetivo desta pesquisa histórica foi reconstruir, por meio da consulta em fontes primárias e na historiografia anteriormente produzida, a origem desse fenômeno colonial, suas especificidades no interior do modelo colonizador ibérico para a bacia Platina, bem como o entender os fatores históricos que explicam o insucesso dessa experiência povoadora pioneira em Mato Grosso do Sul.