Coleção Educação & Práxis

Formação de Professores: entre a esperança e a pandemia

“Formação de Professores: entre a esperança e a pandemia” busca discutir as esperanças e os desafios enfrentados pelos professores em formação, no contexto da pandemia de COVID-19, uma doença causada pelo coronavírus, oficialmente chamado SARS-CoV-2. O PPGEdu/UFR sente-se gratificado em oferecer à comunidade, após dez anos do início de seu funcionamento, produções que partem de pesquisas que enfatizam o desenvolvimento profissional docente. A presente coletânea se estrutura em dois bloco e resultam de trabalhos em parcerias entre orientadores, orientandos, egressos e professores convidados, quais seja: Formação de professores: pandemia e esperança e Formação de professores em diferentes níveis e contextos. Nesse amálgama de temas mestres e aprendizes se complementam, a mitologia permeia os textos, tecnologia, as dificuldades interpostas nas novas práticas com a educação remota e e a oxigenação que invade os corpos na propositura de que possamos seguir, cultivando esperanças em práticas que contribuam de docências sensíveis.

Passando em revista: o que você precisa saber sobre sete temas em educação

Este livro condensa os dois primeiros anos do periódico Pensar a Educação em Revista, uma das onze ações do Projeto Pensar a Educação, Pensar o Brasil (1922-2022), coordenado pelos professores Luciano Mendes de faria Filho e Tarcísio Mauro Vago. Tem como objetivo servir como ferramenta bibiográfica para pesquisadores, alunos e professores pensarem alguns temas relacionados à educação no Brasil. Os textos que o compõem foram produzidos por pesquisadores da área, a partir de um duplo movimento: indicar e reunir a bibliografia considerada seminal sobre seus objetos de pesquisa, destacando textos clássicos da área, mas também outros dez textos considerados fundamentais, disponíveis na rede com acesso gratuito, com o objetivo de contribuir com a democratização do acesso à produção do conhecimento científico.

Educação e trabalho: contextos e processos históricos

O livro “Educação e Trabalho: Contextos e processos históricos”, ao lidar com trabalho e ensino e trabalhadores e educação, aborda categorias tais como cultura, educação, trabalho e modos de viver, para discutir mudanças nos modos de vida; sociabilidades no trabalho e fora dele; políticas públicas adotadas para a educação, entre outros. Para tanto, atribui interpretações e significados aos processos de reconfiguração/redefinição das lutas sociais e de seus agentes no mundo contemporâneo.

Jogos-narrativos: ensino de história, relatos e possibilidades

O livro “Jogos-Narrativos: ensino de História, relatos e possibilidades” traz relatos de experiências de professores de escola básica e pesquisadores em diálogo com o mundo do Role-playing Game, Cards, Tabuleiro e outros. Os jogos, ao permitirem narrativas, expressões de memórias, posicionamentos sociais e diversas interações verbais e não verbais entre sujeitos, são aqui analisados como recursos de ensino, de aprendizagem, de sociabilidade e de pesquisa em História.

O elaborar da vergonha e da raiva: desatando nós para o trabalho socioeducativo

O presente estudo teve como objetivo geral considerar os processos sociais envolvidos na situação do adolescente em conflito com a lei no Brasil, suas implicações na transformação de histórias de vidas e consequente demandas nos programas de atendimento. De forma mais específica objetivou trazer conhecimentos concretos para o campo de trabalho socioeducativo, e investigar aquilo que se apresenta como propiciador da reincidência. O que leva o/a adolescente a infracionar novamente? Os dados coletados, considerando as medidas socioeducativas, demonstram que elas não dão conta do objeto ao qual se propõem: o rompimento com o ciclo da delinquência, com a repetição do ato de delinquir. A forma como as medidas estão sendo propostas são reguladoras muito externas, e não estão entrando no cerne do problema. Nesse sentido, devem considerar os sentimentos de raiva e ódio que movem o adolescente. No subtexto dessa raiva existem situações de humilhação e sentimentos de vergonha que, por não serem elaborados, criam um ciclo humilhação – vergonha – ódio. Entra-se num círculo odioso, retroalimentado, que supõe a raiva, a dimensão que o prazer de delinquir tem, ao que eles chamam de adrenalina.

Imagens institucionais da modernidade: a educação profissional em Goiás (1910-1964)

O ensino profissional na Primeira República brasileira resumiu-se ao modelo concretizado nas Escolas de Aprendizes e Artíces. Elas foram criadas com o objetivo explícito de atender aos “desfavorecidos da fortuna”. No entanto, seu funcionamento se deu de outra maneira. Cabe-nos portanto, indagar como essa escola atendeu a esse público? E ainda se foi ele, realmente, o alvo de seu ensino?No caso particular da Escola de Aprendizes Artífices de Goiás a sua atuação, durante trinta anos na Cidade de Goiás, foi ignorada pelo discurso da modernidade que instaurou-se após 1930. Talvez por esse motivo, a história da educação em Goiás, praticamente ignora sua existência e manteve um silêncio sobre sua presença naquela cidade. Por isso, uma de nossas preocupações neste trabalho foi responder as indagações apresentadas anteriormente. E também compreender como esse modelo de escola se articulou com o modelo de educação proposto pela República velha. O período enfocado, neste texto, (1910-1964) é de destacada importância e significação para desvendar as origens do ensino profissional e sua evolução no Brasil, a partir de políticas públicas voltadas para a construção do arcabouço de uma moderna sociedade do trabalho. O ano de 1910 é o ano em que foi inaugurada a Escola de Aprendizes e Artífices de Goiás e o ano de 1964 é tomado como o fim de um ciclo, pois a partir dele o ensino técnico passa por profundas mudanças que se refletem na organização e nas práticas das Escolas Técnicas Federais, que sucederam as Escolas de Aprendizes Artífices. Procuramos, também, compreender a racionalidade que subsidiou os discursos que justificaram a criação das Escolas de aprendizes e Artífices na chamada Primeira República. Para tal, levantamos o papel que essa racionalidade exerceu na definição dos discursos que tomavam a educação como tema. Procuramos, ainda, identificar como o discurso da modernidade vai definir o fim das Escolas de Aprendizes e Artífices e ao mesmo tempo justificar a criação das Escolas Técnicas Federais.

Entre memórias e experiências: Ensino e mercado editorial de livros didáticos de História do Brasil – Rio de Janeiro (1870-1924)

Este trabalho analisa as articulações entre a expansão do ensino e do mercado editorial na cidade do Rio de Janeiro entre 1870 e 1924, a partir de livros didáticos de História do Brasil. Através de fontes variadas, tais como os próprios livros didáticos, catálogos e almanaques de editoras, programas de ensino, anúncios, periódicos e memórias, este estudo busca compreender as mudanças e permanências na produção de livros didáticos de História do Brasil no bojo da popularização da cultura letrada e da ampliação de públicos leitores na cidade. Procura acompanhar as ações dos sujeitos envolvidos nesse processo – autores, livreiros, editores e professores – em busca de suas motivações e dos múltiplos significados envolvidos nas experiências de vulgarização do conhecimento histórico através de manuais didáticos e da ampliação do ensino formal. O livro tece uma reflexão sobre a relação entre o ensino de história e memórias; a partir das distintas experiências de homens, mulheres e crianças, sendo possível dar visibilidade a outras memórias em torno da construção da história do Brasil ensinada nos manuais didáticos.

Trabalho, Educação e Conflitos Sociais: diálogos Brasil e Portugal

O livro “Trabalho, Educação e Conflitos Sociais: diálogos Brasil e Portugal” é uma iniciativa do Grupo de Pesquisa Trabalho, Educação e Sociedade (GPTES), vinculado ao Instituto de Ciências Sociais (INCIS) da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Brasil e do Grupo de Pesquisa História Global do Trabalho e dos Conflitos Sociais, do Instituto de História Contemporânea (IHC) da Universidade Nova de Lisboa (UNL), Portugal. A obra reúne textos resultantes de projetos de pesquisas, trabalhos e discussões entre os especialistas envolvidos sobre as inter-relações entre trabalho, educação e conflitos sociais no âmbito das intensas transformações histórico-sociais do capitalismo contemporâneo no Brasil e em Portugal. Estruturado a partir do Seminário Trabalho, Educação e Conflitos Sociais, realizado em 2014 no IHC/UNL e no âmbito do Acordo de Cooperação Científica entre a UNL/IHC e o INCIS/PPGED/UFU. Organizada em três partes, a obra analisa inicialmente um panorama das transformações do Capitalismo e do Estado numa perspectiva histórica no Brasil e em Portugal. Em seguida são abordadas as transformações nas relações entre Trabalho e Educação em estudos setoriais, buscando-se caracterizar seus contornos particulares no sentido de melhor compreender o amplo processo de precarização e adoecimento a que está sendo submetida a classe trabalhadora no Brasil e em Portugal. Por último, são problematizados os conflitos sociais e a construção de resistências advindos da relação histórica e contraditória entre trabalho e capital, cingida por sua vez, pelas relações de gênero e raça. O conjunto de reflexões presentes no livro é de interesse para pesquisadores, estudantes acadêmicos e todos aqueles interessados no aprofundamento do debate crítico acerca das relações históricas entre trabalho e educação no contexto da reestruturação produtiva do capital.