SERGIO MESQUITA

Entre memórias e experiências: Ensino e mercado editorial de livros didáticos de História do Brasil – Rio de Janeiro (1870-1924)

Este trabalho analisa as articulações entre a expansão do ensino e do mercado editorial na cidade do Rio de Janeiro entre 1870 e 1924, a partir de livros didáticos de História do Brasil. Através de fontes variadas, tais como os próprios livros didáticos, catálogos e almanaques de editoras, programas de ensino, anúncios, periódicos e memórias, este estudo busca compreender as mudanças e permanências na produção de livros didáticos de História do Brasil no bojo da popularização da cultura letrada e da ampliação de públicos leitores na cidade. Procura acompanhar as ações dos sujeitos envolvidos nesse processo – autores, livreiros, editores e professores – em busca de suas motivações e dos múltiplos significados envolvidos nas experiências de vulgarização do conhecimento histórico através de manuais didáticos e da ampliação do ensino formal. O livro tece uma reflexão sobre a relação entre o ensino de história e memórias; a partir das distintas experiências de homens, mulheres e crianças, sendo possível dar visibilidade a outras memórias em torno da construção da história do Brasil ensinada nos manuais didáticos.

Trabalho, Educação e Conflitos Sociais: diálogos Brasil e Portugal

O livro “Trabalho, Educação e Conflitos Sociais: diálogos Brasil e Portugal” é uma iniciativa do Grupo de Pesquisa Trabalho, Educação e Sociedade (GPTES), vinculado ao Instituto de Ciências Sociais (INCIS) da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Brasil e do Grupo de Pesquisa História Global do Trabalho e dos Conflitos Sociais, do Instituto de História Contemporânea (IHC) da Universidade Nova de Lisboa (UNL), Portugal. A obra reúne textos resultantes de projetos de pesquisas, trabalhos e discussões entre os especialistas envolvidos sobre as inter-relações entre trabalho, educação e conflitos sociais no âmbito das intensas transformações histórico-sociais do capitalismo contemporâneo no Brasil e em Portugal. Estruturado a partir do Seminário Trabalho, Educação e Conflitos Sociais, realizado em 2014 no IHC/UNL e no âmbito do Acordo de Cooperação Científica entre a UNL/IHC e o INCIS/PPGED/UFU. Organizada em três partes, a obra analisa inicialmente um panorama das transformações do Capitalismo e do Estado numa perspectiva histórica no Brasil e em Portugal. Em seguida são abordadas as transformações nas relações entre Trabalho e Educação em estudos setoriais, buscando-se caracterizar seus contornos particulares no sentido de melhor compreender o amplo processo de precarização e adoecimento a que está sendo submetida a classe trabalhadora no Brasil e em Portugal. Por último, são problematizados os conflitos sociais e a construção de resistências advindos da relação histórica e contraditória entre trabalho e capital, cingida por sua vez, pelas relações de gênero e raça. O conjunto de reflexões presentes no livro é de interesse para pesquisadores, estudantes acadêmicos e todos aqueles interessados no aprofundamento do debate crítico acerca das relações históricas entre trabalho e educação no contexto da reestruturação produtiva do capital.

Circularidades Políticas e Culturais: Fronteiras – Linguagens – Cidadania

“Circularidades Políticas e Culturais” é o eixo temático que congregou um grupo de pesquisa estruturado internacionalmente. Criado no ano de 2010, esse grupo promove reuniões anuais alternadas entre Brasil e Itália, com o intuito de ampliar e renovar a sua interlocução, tendo sempre como horizonte o campo das circularidades. A escolha dessa perspectiva de investigação nasceu da vontade dos integrantes do projeto em estudar o impacto da cultura italiana no repertório artístico e intelectual da sociedade brasileira. Neste livro, que agora está disponível nas estantes virtuais, o leitor poderá tomar contato com uma parte significativa dos resultados obtidos.

História & Documentário: artes de fazer, narrativas fílmicas e linguagens imagéticas

Neste livro está em debate temas como História e ficção; arte e o real; veracidade e verossimilhança. Para tanto, a imagética, os documentários, o cinema aparecem como formas de ressignificar a vida, as experiências do cotidiano. As imagens e o filme não são só momentos para devaneios e fantasias. Eles também tem o propósito de fazer pensar, de aprender a lidar com a exploração, a violência e as injustiças sociais. Muitos deles são denúncias, outros nos levam a interrogar nosso presente.

Olhares Dissertativos: Cinema – Crítica – Teatro

O livro “Olhares Dissertativos: Cinema – Crítica – Teatro” reúne textos de diferentes autores que desenvolveram recentemente pesquisas de Mestrado junto ao Núcleo de Estudos em História Social da Arte e da Cultura – NEHAC – da Universidade Federal de Uberlândia. Assim, o campo de análise dos capítulos desta coletânea envolve as discussões atinentes ao binômio História/Arte. Organizado por Rodrigo Francisco Dias e Talitta Tatiane Martins Freitas, este livro apresenta algumas reflexões acerca do Cinema, da Crítica e do Teatro, na perspectiva da História Social da Arte. Em seus pouco mais de vinte anos de existência, o NEHAC tem contribuído com o debate historiográfico por meio de pesquisas que estabelecem um frutífero diálogo entre a história e as diversas linguagens artísticas. Assim, “Olhares Dissertativos” oferece uma pequena e instigante amostra dos estudos desenvolvidos pelo NEHAC nos últimos anos.

A Companhia Estável de Repertório de capa, espada e nariz: Cyrano de Bergerac (1985) nos palcos brasileiros

Cyrano de Bergerac é um clássico do teatro francês. Escrita por Edmond Rostand em 1897, a peça reconstrói poeticamente a figura do libertino do século XVII contornando-lhe com fortes tonalidades românticas. No Brasil, o desafio de encenar Cyrano foi enfrentado pela primeira vez em 1985, em montagem da Companhia Estável de Repertório, com direção de Flávio Rangel e Antonio Fagundes no personagem-título. Tendo esta encenação como objeto de estudo, o livro busca problematizar, na senda das relações História/Estética, temas relevantes sobre a historiografia do teatro brasileiro do período, bem como descortinar facetas da cultura nacional nos incertos anos de 1980.

Diálogos e relações de poder

Tendo como tema central diálogos e as relações de poder, este livro discute, por meio do encontro entre diferentes áreas de saberes e disciplinas, os modos como as relações de poder permeiam e se entrecruzam em diferentes espaços na sociedade contemporânea, seja na escola, na mídia ou por meio de processos formativos que emergem em ações governamentais ou mesmo na escolha das fontes legítimas para o trabalho do historiador. A obra ainda aborda conceitos, formas narrativas e relações sociais em diversos períodos históricos: partindo da contemporaneidade, problematizando suas questões constitutivas, e analisando o campo das sensibilidades e subjetividades.”

Cenas de um espetáculo político: poder, memória e comemorações na Paraíba (1935-1945)

“Procuro estudar a espetacularização da política paraibana no contexto da Era Vargas: os objetivos da dramatização do poder, a sua simbologia, os atores envolvidos nas tramas políticas e as relações de forças travadas naquele período. Esse estudo tem como recorte inicial o ano de 1935, uma vez que a documentação consultada revela o auge de uma espetacularização política na Paraíba, trazida no bojo das lutas operárias e dos levantes comunistas nos vizinhos estados de Pernambuco e Rio Grande do Norte. O eixo problematizador dessa pesquisa gira em torno da questão da espetacularização política à época (1935-1945) e como as classes populares interagiam com o Estado Espetáculo.”

À esquerda de seu tempo: escritores e o Partido Comunista do Brasil (Porto Alegre – 1927-1957)

Livro de Autoria de Marisângela Martins. Este livro apresenta os resultados da pesquisa realizada ao longo do curso de Doutorado em História, um estudo focado em um grupo de militantes do Partido Comunista do Brasil (PCB) em Porto Alegre ao longo da “época do Partidão”. Direcionamos o olhar para aqueles que, dentre os que compunham o universo dos considerados intelectuais comunistas, tinham suas vidas mais bem documentadas e formavam um grupo mais precisamente definível: os escritores que atuavam na capital gaúcha.