SERGIO MESQUITA

Brasil Novo – Música, Nação e Modernidade: os anos 20 e 30

O debate sobre a criação musical no Brasil polarizou-se, durante os anos 20, 30 e 40, em torno de compositores, historiadores e críticos partidários da música descritiva (romântica), da preservação do sistema tonal tradicional, da chamada música universal e de intelectuais favoráveis à música pura (neoclássica), à incorporação de novos recursos timbrísticos e rítmicos no âmbito da linguagem tonal e ao aproveitamento da música folclórica no campo da composição erudita. Neste livro, o autor procurou discutir as conexões entre música e poder, tentando apontar as fortes marcas ideológicas que permeiam toda a produção musical brasileira nos anos 20 e 30 do século XX. Arnaldo Daraya Contier, a partir da História Social da Música, visa questionar possíveis elos que se poderia estabelecer entre a música e as estruturas econômicas, políticas e culturais de uma formação social, num momento histórico cronologicamente determinado. Em síntese, a História Social da Música deve ter em mira não somente o estudo da criação artística em relação à sociedade, mas, também da vida de um grupo social e da relação deste com a arte. Para tal empreendimento analítico, Contier se vale de um núcleo central de documentação que assenta-se em artigos publicados nas mais diversas revistas, especializadas ou não, em críticas e programas de concertos, em depoimentos de intelectuais publicados nos jornais da época e nos textos de Mário de Andrade, Luiz Heitor Corrêa de Azevedo, Renato Almeida, Luciano Gallet, Andrade Muricy, Oscar Lorenzo Fernandez, Heitor Villa-Lobos, entre outros.

Estudos Contemporâneos Interdisciplinares de Direitos Humanos: povos, lutas, saberes, desafios e perspectivas (Volume 2)

O livro que se apresenta é amanhado por muitas mãos, quereres e razões. Não há cercas! Nasce dos projetos advindos das parcerias entre o Centro de Direitos Humanos Dom Pedro Casaldáliga e o campus universitário do Médio Araguaia Dom Pedro Casaldáliga e do Grupo de Estudo e Pesquisa em Direitos Fundamentais – Gedifi Unemat/CNPq, câmpus Alto Araguaia, Núcleo Pedagógico de Rondonópolis, da Universidade do Estado de Mato Grosso, e demais parceiros. Este livro, o segundo volume do projeto Estudos Contemporâneos Interdisciplinares de Direitos Humanos: Povos, Lutas e Saberes, trata de uma possibilidade de disseminar saberes/conhecimentos, a partir das experiências cunhadas das ações de extensão e da especialização, com olhares vigilantes perante os perversos efeitos do que é chamado do “significante vazio” dos Direitos Humanos (BROWN, 2011), pois tal “modernidade líquida” exige fluidez, novos saberes, metodologias e interlocução disciplinar, pela “ecologia dos saberes” e assim ir ao “Sul”, conviver e experimentar o “Sul”, em movimentos interdisciplinares, para entender a modernidade líquida, deixando o “lugar comum”, criticado por Flores, partindo para uma visão crítica em defesa de uma sociedade equilibrada e do porvir para às gerações futuras.

Estudos Contemporâneos Interdisciplinares de Direitos Humanos: povos, lutas, saberes, desafios e perspectivas (Volume 1)

Os Estudos Contemporâneos Interdisciplinares de Direitos Humanos são assentados nas dimensões da “interculturalidade, interdisciplinaridade e a responsabilidade cidadã” (SANTOS, 2005, p. 76), oportunizando novos tempos-espaços de criação e experimentação democrática, ainda mais as reflexões partem a partir e além de ações extensionistas. Assim, Estudos Interdisciplinares de Direitos Humanos só pode ser compreendido pelo reconhecimento dos povos, das suas lutas, das angústias, das dores e das múltiplas realidades e alteridades- incorporando saberes plurais que em outros tempos eram subalternizados ou exterminados. É descrever, refletir, apresentar, promover e provocar novos horizontes em prol da efetivação da dignidade da pessoa humana. A obra coletiva tem dois volumes, o volume I é composto de duas partes, a primeira (I) advinda de textos que tem propostas de trabalho (sequência didática) para oferta de material ao CDHDPC e replicação nos pequenos núcleos de Direitos Humanos; já a segunda parte (II) são textos de convidados que tem relação com os parceiros da especialização e apresentam temas que podem ajudar nos estudos interdisciplinares dos Direitos Humanos.

Historia das Plantas Imaginárias e Vegetais Lendários

Depois de “Jardim Fantástico” (Primas, 2017), Rafael Alves Pinto Junior nos entrega a obra “História das Plantas Imaginárias e Vegetais Lendários” que se apresenta como um catálogo que elenca uma série de plantas e vegetais presentes na ficção e no imaginário artístico e literário. Como tal, a obra destina-se ao público geral e o seu conteúdo possui determinada relevância para os Estudos Literários, para a Criptobotânica e para os demais campos que venham a lidar com as relações entre ficção e imaginário.

EXPERIÊNCIAS E PROCESSOS SOCIAIS: Trabalho e Educação

Os textos que integram este livro possibilitam um panorama sobre “Experiências e Processos Sociais” centradas nas condições de vida e trabalho de sujeitos, nas disputas em torno da educação, a partir do ensino formal e das dimensões e impactos das políticas sociais em diálogo com a educação. A presente obra é fruto das atividades do Grupo de Pesquisa Experiências e Processos Sociais (GPEPS/CNPq), alocado no Instituto de História (INHIS) da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), que foi criado em setembro de 2016 e surgiu da necessidade dos pesquisadores e pesquisadoras da extinta Linha de Pesquisa Trabalho e Movimentos Sociais, do Programa de Pós-Graduação em História (PPGHI), por espaços de diálogo e trocas de experiências que permitissem reunir pesquisadores com interesses diversos, porém, convergentes. Ainda neste mesmo ano, o GPEPS foi vinculado também à Linha de Pesquisa Trabalho, Sociedade e Educação do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGED) da Faculdade de Educação (FACED) da UFU, o que permitiu a reunião de pesquisadores da área conectados aos seus respectivos orientadores e que também passaram à posição de membros do Grupo de Pesquisa.

Uma cidade no sertão: Jathay (1880-1930)

O livro conta a história dos principais casarões edificados em Jataí de 1880 a 1930, destacando o projeto de arquitetura de cada um deles. Como expressão da cultura, tanto o espaço edificado quanto o espaço urbano são objetos de análise ao que conceituamos como cultura de morar (JUNIOR, 2011). Entendida como uma faceta da cultura, ou um conjunto multifuncional de valores socialmente compartilhados e historicamente construídos, comportamentos, experiências, padrões sociais, elementos identitários e imagéticos que orbitam em torno do espaço privado da habitação. Uma postura que implica em considerar também os valores, usos e significados dos espaços arquitetônicos que as formas espaciais dão origem: ponto de partida à tessitura de narrativas textuais, visuais, reais ou imaginárias do lugar de morar. A partir disso, o interesse dos autores se volta para a implantação da povoação de Jataí, seu núcleo urbano inicial, no final do século XIX até 1930. Este recorte temporal se justifica por duas razões: em primeiro lugar, a evidente necessidade de registrar a ocupação espacial a partir de suas origens, compreender seu traçado e sua implantação. Em segundo lugar, estabelecer a década de 1930 como limite, se justifica em função das profundas transformações desencadeadas pela chamada revolução de 1930. No novo ambiente político desta época o estado de Goiás vivenciou uma profunda alteração com a construção de Goiânia, em 1933, e uma reorganização das zonas de influência política, social, econômica e cultural que ela representava. Uma alteração que colocaria a produção do espaço construído em outros parâmetros. Por razões políticas, culturais e sociais, a década de 1930 representou uma inflexão.

Formação de Professores: entre a esperança e a pandemia

“Formação de Professores: entre a esperança e a pandemia” busca discutir as esperanças e os desafios enfrentados pelos professores em formação, no contexto da pandemia de COVID-19, uma doença causada pelo coronavírus, oficialmente chamado SARS-CoV-2. O PPGEdu/UFR sente-se gratificado em oferecer à comunidade, após dez anos do início de seu funcionamento, produções que partem de pesquisas que enfatizam o desenvolvimento profissional docente. A presente coletânea se estrutura em dois bloco e resultam de trabalhos em parcerias entre orientadores, orientandos, egressos e professores convidados, quais seja: Formação de professores: pandemia e esperança e Formação de professores em diferentes níveis e contextos. Nesse amálgama de temas mestres e aprendizes se complementam, a mitologia permeia os textos, tecnologia, as dificuldades interpostas nas novas práticas com a educação remota e e a oxigenação que invade os corpos na propositura de que possamos seguir, cultivando esperanças em práticas que contribuam de docências sensíveis.

Sensibilidade históricas: entre narrativas, gestos e imagens

Este livro reúne, em um esforço didático e de caráter formativo, textos que foram produzidos no decorrer do segundo semestre de 2018, na disciplina Cartografias do Sentir, no Programa de Pós-Graduação em Educação, Arte e História da Cultura, da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Por intermédio de leituras críticas, que buscaram articular temas de pesquisa a importantes historiadores vinculados à História Cultural, os autores, discentes dos cursos de Mestrado e de Doutorado, construíram exercícios interdisciplinares, decorrentes tanto de suas formações quanto da proposta epistemológica do mencionado Programa de Pós-Graduação. Com esse intuito, inquietações filosóficas associaram-se a reflexões que visam compreender dinâmicas históricas através da moda, assim como questões contemporâneas realizam instigantes discussões acerca de territórios urbanos e espaços digitais, em sintonia com um olhar sobre aspectos educacionais.
Por fim, mas não menos importante, linguagens teatrais e cinematográficas associam-se às preocupações das temáticas anteriores e, com isso, juntamente com as demais, produziram uma cartografia em sintonia com os debates do tempo presente. Nesse processo de elaboração desta publicação contamos com a importante colaboração do Prof. Dr. Alcides Freire Ramos que, mais uma vez, lançou seu olhar arguto sobre o cinema brasileiro sob as lentes das sensibilidades. Em síntese, este livro é um esforço em articular a leitura rigorosa à produção de textos que encaminham investigações e buscam contribuir com a produção das ciências humanas no Brasil.

História cultural: reflexões contemporâneas

É com alegria e orgulho que estamos lançando a presente Coletânea, intitulada “História Cultural: reflexões contemporâneas”. Ela é fruto das discussões ocorridas nos eixos temáticos, durante o último evento do GT Nacional de História Cultural. Esse grupo, desde 2001, vem mantido ativo o espaço de debates em torno de temas já consagrados no âmbito da História Cultural, sempre estimulando reflexões acerca de perspectivas teóricas e metodológicas, que dão base para os campos de interlocução do historiador cultural. A nona edição do evento, ocorrida em 2018, se propôs a esquadrinhar, de maneira aprofundada, uma temática de grande interesse para os historiadores, a saber: “Culturas – Artes – Políticas / Utopias e distopias do mundo contemporâneo: 1968 – 50 anos depois”. Esse tema central permitiu muitas possibilidades de trabalho, os quais poderão ser, agora, desfrutados pelos leitores interessados em aprofundar seus conhecimentos. Com efeito, os leitores terão a oportunidade de encontrar uma pequena, porém rica, parcela das discussões e reflexões oriundas do campo da História Cultural, apresentadas por autores de diferentes instituições, os quais, apesar de suas especificidades, possuem como elemento orientador a interdisciplinaridade e o exercício de acuidade teórico-metodológica. Sendo assim, os problemas centrais ofereceram a oportunidade para refletir acerca das diferentes maneiras de produzir conhecimento em História em sua interface com as questões teórico-metodológicos atinentes aos diálogos com as memórias, com as artes e com o pensamento político. Na verdade, nas últimas décadas, os horizontes investigativos e de pesquisa do Historiador Cultural ampliaram-se, sobretudo graças aos estímulos proporcionados por temas e objetos privilegiados pelos historiadores que se voltam para esse campo. Com esta breve apresentação, esperamos que a diversidade e riqueza de análises reunidas nesta coletânea possam encantar e inspirar nossos leitores.

Passando em revista: o que você precisa saber sobre sete temas em educação

Este livro condensa os dois primeiros anos do periódico Pensar a Educação em Revista, uma das onze ações do Projeto Pensar a Educação, Pensar o Brasil (1922-2022), coordenado pelos professores Luciano Mendes de faria Filho e Tarcísio Mauro Vago. Tem como objetivo servir como ferramenta bibiográfica para pesquisadores, alunos e professores pensarem alguns temas relacionados à educação no Brasil. Os textos que o compõem foram produzidos por pesquisadores da área, a partir de um duplo movimento: indicar e reunir a bibliografia considerada seminal sobre seus objetos de pesquisa, destacando textos clássicos da área, mas também outros dez textos considerados fundamentais, disponíveis na rede com acesso gratuito, com o objetivo de contribuir com a democratização do acesso à produção do conhecimento científico.